quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Milagre, que como quem cria, também desaparece

So-lu-cei
Soluções só le-tra-das
Então, Gritei
Fabriquei-as ri-os
Todas
             bem nascidas
quase morri

Faltou luz
Escureceu, a noite sobrou
Me faltou manta clara
Soletrei Rios
Desci e subi a geografia

Me faltou força pra acreditar que voltará
Ficara, aqui, soluçada, gritada
Me solapa a vida passada, que não voltará

Minha vida, que seria dela, que sem Ela, que não conheci?
Nem vi, passou, feito rasgada corredeira de veio forte
mas ficou, como uma moça forte
grande nas coisas que fez

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Meus sinais para você

Quando o sinal da escola faz vida
Na fábrica de linguas
Vem criar coisas estranhas, lembrar momentos bons
Vem me trazer você
Mas você anda, sem dúvida bem zangada
Pois esta interessada, em fingir que não me vê
Você que agora não entende
Porque não quer os meus sinais
Você que no inverno, com meias de criança
tem borracha nos teus pés
E de manhã, enfia o agasalho
Só no frio você crê
Mas você é mesmo artigo que não se imita
Quando meu coração grita
Faz reclame de você
Nos meu olhos você lê
Como eu sofro cruelmente
Com ciúmes, impaciente, dos que te teus sinais
e a mim você nem vê
Sou do sereno poeta soturno
Vou virar paciênte louco
Só por causa de você
Que enquanto você faz pano
Faço junto dos meus prantos esses versos pra você
Esses versos pra você, esses versos pra você